3/30/2012

O Cruzeiro que todos querem

por Karoll Dutra
https://twitter.com/karollgdutra

Fala china azul!
De pouco em pouco o Cruzeiro está se acertando e se reerguendo. Nos anos anteriores, começou com um "bom time", participou seguidamente de quatro Libertadores, goleou times fortes no mesmo campeonato como Estudiantes de la Plata, e desviou-se do caminho das vitórias de tal maneira que o levou a lutar para não permanecer na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
E o Cruzeiro campeão dos títulos mais importantes? Como era? Vamos tomar como exemplo o time de 1996.  Seu goleiro se chamava Dida, uma muralha quase intransponível. Com toda habilidade do meio campo Palhinha, avançou pela Copa do Brasil eliminando seus adversários. Conquistou a competição quando Veloso, o goleiro do Palmeiras, subiu para segurar a bola e ao escapar de suas mãos caiu nos pés de Marcelo Ramos, que chutou a bola para as redes marcando o gol da vitória. Esse mesmo Cruzeiro aos poucos chegou aonde queria e devia chegar. Com toda humildade, e toda ofuscação da imprensa, historicamente conquistou o título.
Para se tornar um campeão, o que é preciso? Uma máquina de jogadores diferenciados ou até mesmo craques? Um técnico excepcional? Uma torcida que mesmo nas derrotas esteja ali gritando até o fim sem cobranças? Para ser campeão é preciso, antes de tudo, humildade. É preciso raça, e um time que seja capaz de passar por cima de todas as barreiras. Um time de jogadores inteligentes e um técnico sensato, capaz de mobilizar seus homens de tal maneira que os façam pensar que estão ali para ganhar. Uma torcida compreensiva, que não abandone o time. Aquela que saiba a hora de incentivar e a hora de cobrar.
O que faltou para o Cruzeiro de 2009 ser campeão da Libertadores? A equipe ficou no Grupo 5 com Universitario de Sucre (Bolívia) e Deportivo Quito (Equador) e o Estudiantes (Argentina). Um grupo difícil, e que não daria tranquilidade para os torcedores celestes. Mas na raça, passou pelo Universidad del Chile nas oitavas de final e eliminou o São Paulo nas quartas. Logo após, eliminou o Grêmio nas semifinais e de maneira arrasadora, foi derrotado pelo Estudiantes em casa. O Mineirão estava lindo, com cerca de 30 mil torcedores lotando o estádio, e vários sinalizadores azuis o iluminava. Foi uma tristeza compartilhada. Foi como tirar pirulito da boca de uma criança. Se o time era “o favorito”, o que faltou para ser campeão? Humildade? Sim, faltou humildade. Faltou tirar o salto para entrar em campo e pensar que havia milhares de torcedores ali amando e incentivando o time. Faltou esquecer a imprensa paulista e carioca, que estranhamente valorizava o time. Faltou responsabilidade de certos jogadores.
Aonde eu quero chegar, é na situação atual do time. Começou o ano com uma carga pesada do time de 2011, com objetivo de apagar toda aquela vergonha. Tem ganhado os jogos de goleadas ou com placares apertados. O sistema defensivo celeste conta com Fábio, Alex Silva, Charles, Leandro Guerreiro e Diego Árias. Além disso, temos o técnico Wagner Mancini. Temos os jogadores Montillo, Roger, Wallyson, Walter, Anselmo Ramon, entre outros guerreiros. Com exceção das laterais, temos sim um time capaz de conquistar o Mineiro, a Copa do Brasil e quem sabe o Brasileiro. É sonhar demais? Não, é a realidade. Agora, é preciso usar a mente. Sabedoria é fundamental. É preciso ter garra, raça, dar o sangue, dar valor aos 8 milhões de torcedores que amam incondicionalmente o clube. Chegou a hora do Cruzeiro se espelhar no time de 1996, ou até mesmo de 2003. Não quero um time de 2009, que estourou no inicio e depois regrediu. Quero um time que da maneira mais mineira o possível, chegue aos poucos. Intime seus adversários com toda classe, sem menor arrogância. Queremos um time campeão!


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