
Na escola, quando voltávamos das férias, a professora sempre
pedia para que fizéssemos uma redação contando coisas que fizemos nas férias.
Detalhes de como foi o nosso período de recesso. Uma viagem, um passeio, um
evento, um encontro. Coisas que nos marcaram nesse período, a ponto de ser o tema
da nossa redação.
Aproveitando o clima de volta às aulas, se eu tivesse de fazer tal redação, não tenho
duvidas que meu tema seria a nossa volta pra casa. Não o nosso lar, com pai, mãe, irmãos e irmãs, mas a volta pra outra casa, aquela que conhecemos tão
bem quanto o nosso lar. Aquela que estava em reforma.
Na tarde de ontem tivemos mais um pedaço da historia sendo
escrita no futebol. O clássico de ontem a tarde marcou a reabertura do
Mineirão, um dos estádios da Copa do Mundo de 2014. E a inauguração não poderia
ser de um meio diferente que não fosse um clássico. Cruzeiro e Atlético. Raposa
e galo.
Tivemos de negativo no clássico, a politicagem envolvendo o
jogo. Anteciparam o jogo da terceira rodada do Campeonato Mineiro, que já era um exagero ocorrer logo no inicio do torneio, tendo em vista a importância do jogo, e a necessidade de melhor
preparação física dos atletas para um jogo desse peso. Se um clássico na terceira
rodada já é exagero, imaginem na primeira rodada então? Os jogadores com a
perna “pesada”, voltando de férias, longe de estar no melhor ritmo e forma
física.
Alem disso, o estádio ainda não estava preparado pra receber
jogos. O que vemos, lemos e ouvimos hoje, são as muitas reclamações e queixas de
ontem, sobre a falta de estrutura dos Organizadores do evento. Água, bares,
melhores informações e orientações, foram ingredientes que faltaram no clássico
mineiro. Poderiam ter evitado tudo isso.
Mas tirando a parte da politicagem e esses pontos negativos,
acho que o torcedor estava mais preocupado mesmo era em ver o jogo, a bola
rolar. E rolar naquele tapete. Que tapete!
O jogo foi uma boa partida, dentro do possível. Pois como já
foi dito, ambas as equipes estavam longe do ideal. Mas vimos um Cruzeiro remontado
e já desfalcado, enfrentar um atlético-MG mais forte, mais entrosado, com mais
“cara” de time, de igual pra igual e até melhor durante maior parte do jogo.
Quando
pôs a bola no chão, o time azul foi melhor. Vitoria incontestável de um time,
que apesar dos pesares, começa a criar expectativas na torcida pela forma que
atuou.
Mas o que chamou a atenção de fato, não foi nem a vitoria.
Que ultimamente tem sido cada vez mais normal contra o nosso rival.
Pra mim, e para muitos outros cruzeirenses que estiveram
naquela tarde de ontem no Mineirão, foi saber que voltamos. Depois de quase 3
anos perambulando por estádios no interior do estado, estamos de volta à NOSSA
casa.
E ver como a nossa casa está bonita e moderna depois da reforma, só nos
faz criar mais expectativas em torno do nosso time, que esteve mal nos últimos
anos.
Espero muito que tudo corra bem nesse 2013.
E que se
confirme a teoria de todos os cruzeirenses, de que todos os problemas
enfrentados por nós, era por estarmos sem casa, como ciganos. Porque ontem, ficou mais do que provado, que Mineirão e Cruzeiro, foram feitos um para
o outro. E mesmo não sendo favoritos para um confronto como o clássico de ontem, quem manda na nossa casa, somos nós.
Então, nesse clima de volta às aulas, de fim de férias,
posso dizer que o que foi mais legal pra mim, não foi uma viagem ou um passeio, mas
a oportunidade de voltar pra casa. Pra casa do Cruzeiro. Que saudades que estávamos de ti,
Gigante da Pampulha!
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